A espécie Cannabis Sativa L., pertencente à família Cannabaceae, não se limita a apenas uma variação; ela é dividida em três principais subespécies, sendo elas sativa, indica e ruderalis, além de diversas cepas, como kush, haze, skunk e muitas outras. No entanto, com o desenvolvimento de estudos a respeito da planta, foram feitas novas descobertas sobre esses diferentes tipos da maconha.
Há registros sobre o cultivo e uso da Cannabis Sativa L. que datam de milênios atrás, o que significa que já existiram incontáveis variações a passar pelo planeta até então. Com a regulamentação do uso medicinal, adulto ou industrial da planta, no entanto, passou a ser necessário adaptar as subespécies e cepas da cannabis para que fossem incorporadas no mercado legal de diferentes países e tivessem a finalidade desejada, o que fez surgir a subespécie de cannabis híbrida, que nada mais é do que a mistura entre a sativa e a indica.
Além disso, as novas pesquisas também mudaram como a maconha foi entendida – em entrevista ao portal Cannabis e Saúde, o engenheiro-agrônomo Lorenzo Rolim já afirmou que a indica e ruderalis são subespécies da sativa por terem se adaptado a diferentes regiões do mundo.
Benefícios terapêuticos dos diferentes tipos de maconha
Para começar explicando a diferença entre os tipos da Cannabis Sativa L., vale dizer que a cannabis ruderalis é a mais ancestral da planta, uma das menos abundantes e não é amplamente utilizada.
Já a cannabis sativa e indica eraminicialmente diferenciadas por seus efeitos e suas características físicas, mas por conta das novas tecnologias e cultivos em diferentes países, não é possível distinguir precisamente o que elas causam no organismo quando consumidas. No entanto, antes, afirmava-se que a sativa era mais estimulante, enquanto a indica era mais relaxante.
Hoje, os estudos apontam que os principais responsáveis pelos efeitos psicoativos e psicotrópicos da planta são os terpenos, os fitocanabinoides e as canaflavinas, que estão relacionados ao perfil químico das diferentes cepas da maconha.
Como identificar tipos de maconha?
Apesar da afirmação de que as subespécies da cannabis têm diferentes efeitos terapêuticos ter caído por terra, ainda existem diferenças entre elas que são notáveis, mas são relacionadas unicamente às suas estruturas.
Cannabis tipo “Ruderalis”
A ruderalis tem uma estatura muito baixa, atingindo por volta de 60 cm de altura, tem uma folhagem muito espessa e se adapta facilmente a ambientes com temperaturas extremas, como a Sibéria.
Cannabis tipo “Sativa”
Já a sativa, também chamada de NLV (Narrow Leaf Varietals ou, em tradução livre, Variedades de Folhas Estreitas), é mais alta, com folhagens mais finas que carregam tons mais claros de verde e é mais adaptada a climas quentes e úmidos.
Cannabis tipo “Indica”
Por outro lado, a indica ou BLV (Broad Leaf Varieties ou, em tradução livre, Variedades de Folhas Largas), é menor, com folhas mais largas e escuras, sendo acostumada a climas frios e secos.
Mas lembre-se: atualmente, é difícil encontrar e identificar subespécies sem genéticas modificadas. As híbridas, portanto, são as mais comuns da indústria. Temos um texto completo que explica profundamente cada tipo de cannabis e como atualmente essa diferenciação é realizada, acesse e confira!
Outra forma de diferenciação: Skunk, kush e haze
Essas são três das cepas mais populares da cannabis. Como dito anteriormente, são as cepas que se diferenciam na distribuição de fitocanabinoides, terpenos e canaflavinas, o que faz com que sejam as principais responsáveis pelos benefícios terapêuticos da planta.
Skunk
A skunk é uma das mais antigas cepas do meio canábico e tem esse nome porque tem um cheiro forte – skunk, em inglês, significa gambá. Veja algumas de suas características a seguir:
- Cresce de forma compacta e com folhas grossas;
- Ambientes quentes e ensolarados são ideais para seu cultivo;
- Contém por volta de 17% de THC, mas dependendo da nutrição e luminosidade da planta;
- Pode conter 1% de CBG;
- Tem altos níveis de mirceno, um dos terpenos existentes na natureza;
- Oferece relaxamento, criatividade e melhora o humor quando consumida.
Kush
Já a kush, que tem origem na região dos Himalaias, pode ser descrita da seguinte forma:
- Pequena, densa e com folhas largas;
- Tem sabores terrosos, cítricos e florais;
- Oferece efeitos psicotrópicos sem exagero para o usuário;
- Pode causar sonolência;
- Contém por volta de 18% de THC;
- Tem efeitos que duram por um tempo longo.
Haze
Por último, a haze:
- Tem uma estrutura alta e fina;
- Contém por volta de 16% de THC;
- Causa efeitos energéticos e eufóricos;
- Contém terpenos que adocicam seu sabor e cheiro.
Por mais que não seja possível observar uma plantação de cannabis ou escolher a cepa a se consumir de forma legal no Brasil, pode realizar um tratamento medicinal à base de cannabis a partir da importação de medicamentos, compra de produtos nas farmácias, do contato com associações para pacientes terapêuticos no país e do autocultivo por meio de uma autorização via habeas corpus. Assim, seria possível observar algumas das características dessas cepas a partir dos efeitos que os medicamentos proporcionarem e das especificidades descritas em seus frascos. Veja como iniciar um tratamento com derivados de cannabis no Brasil.
Muito Bom Mesmo ,,Tou Muito Curioso pra Saber Mais ARESPEITO
Oi Lucas, tudo bem? Temos vários textos sobre genéticas de maconha, só clicar na categoria tendências no blog!
aameiiii saber sobre como querias umas cepas aqui em casa ;c
Ai Lazaro, sentimos sua dor. Nós estamos prontos pro dia que vamos poder cultivar também! Qual sua cepa preferida?
esse conteúdo é muito legal, pq fica mais facil de entender pq algumas strains batem mais ou menos
siiiim, essa foi a ideia!! agora estão saindo nossos conteúdos sobre as strains, chegou a ver?
Sobre o haxixe, poderia dissertar sobre isso!? Muito bom o texto sobre os tipos e cepas.
Oi, João! Temos uma série de conteúdos sobre vários tipos de haxixe, dá uma olhadinha aqui: https://kayamind.com/?s=haxixe. Espero que goste 🙂