A cannabis é uma planta completa e com muitos segredos, isso porque, devido a seus muitos usos e subespécies, existe uma infinidade de possibilidades e produtos que se derivam da planta. Um desses derivados, bastante famoso e disseminado pelo mundo é o haxixe, ele está presente em livros antigos, músicas e filmes, em especial aqueles que mostram a presença de celebridades na Ásia e África, pois lá o consumo de haxixe é feito em abundância e é inclusive um ritual religioso.
O que é haxixe?
O haxixe, ou hash, é feito a partir da coleta de resinas das flores e folhas das plantas “femininas”, ou seja, aquelas que produzem os buds. A melhor forma de explicar o que é esse concentrado é pensarmos que a cannabis, assim como outras plantas, produz uma resina para se proteger da luz, vento, etc. É essa resina que é coletada (de diferentes maneiras) e produz uma substância que normalmente é conhecida por sua cor amarronzada.
O haxixe é produzido por vários métodos de extração, porém todos consistem em recolher os tricomas – aqueles cristaizinhos que ficam visíveis nas plantas maduras e que ficam localizados nos buds e nas folhas – e agrupá-los para formar um concentrado, esse processo de separação dos tricomas é conhecido como sieving.
Vale ressaltar que existem diferentes tipos de haxixe, com aspectos, cores e cheiros completamente diferentes entre si, isso por que o método de coleta dos tricomas influencia em como essa resina se formará. Além disso, devido a volatilidade das substâncias da cannabis, os demais processos como o da armazenagem e cura, também terão influencia no formato final desse concentrado.
Qual é a origem do haxixe e de onde vem o nome?
É quase impossível sabermos exatamente quem, quando e como o haxixe surgiu pela primeira vez, mas seu uso histórico é reconhecido como parte cultural de algumas regiões, especialmente na Ásia Central e no norte da África, pois existia um largo consumo dessa substância nesses locais.
Países como o Paquistão, Afeganistão, Índia, China e Marrocos são conhecidos nos dias de hoje como grandes produtores da substância e isso se deve a um longo histórico produtivo e de consumo do haxixe, nas suas mais variadas formas de extração. A dificuldade em se determinar onde começou a produção do haxixe é devido as muitas guerras por território que aconteciam na Ásia Central durante milênios, momentos esses onde havia uma forte troca cultural, o que dificulta esse processo. É a partir de um estudo linguístico que pode-se definir com a melhor precisão que o haxixe surgiu primeiro na Ásia e depois foi levado para a Europa e África.
Segundo Robert Clarke, autor do livro Hashish, a melhor forma de se explicar a origem do nome é pelo dicionário American Heritage Dictionary (1992), que classifica que a palavra hashish (haxixe em inglês) tem sua raíz na palava árabe hasis, que significa erva seca.
Qual é a diferença entre hash e maconha?
A diferença entre o haxixe e a maconha está no nome popular, isso por que o haxixe é um derivado da maconha ou da cannabis, lembrando que as últimas duas são a mesma coisa. Quando um usuário busca um haxixe, ele está buscando fazer o consumo de um concentrado de resina, que normalmente é misturado com tabaco, ervas secas ou com a própria maconha dixavada, e colocada em um papel para o fumo.
Em compensação, quando o usuário se refere a palavra maconha, ele pode estar se referindo ao consumo da planta in natura (suas flores) ou qualquer um de seus derivados, o que dificulta fazermos essa diferenciação. Uma das principais diferença então entre esses dois, fora a intenção dada pelo usuário, é a potência, pois o haxixe costuma ser mais potente que uma flor in natura, podendo chegar a níveis mais altos de THC do que um bud.
Qual é o efeito do haxixe?
Os efeitos do haxixe são muito similares ao da cannabis quando consumida em sua forma natural, porém como a maioria das vezes o consumo do haxixe será feito acompanhado de alguma mistura, seja ela um tabaco ou alguma erva seca como mencionamos, o efeito dessa combinação pode ser diferente daquele sentido quando é feito o consumo da planta em si. Além da mistura, um outro fator que irá influenciar no efeito que a substância terá no corpo de cada um é a forma de consumo, seja ela via fumo, vaporização ou alimentação.
Alguns dos efeitos mais comuns incluem:
- Euforia;
- Sensação de relaxamento ou de ansiedade (os altos níveis de THC podem variar esse efeito dependendo do momento de consumo)
- Aumento da frequência cardíaca;
- Aumento da libido;
- Boca seca;
- Olhos vermelhos;
- Sorrisos involuntários e outras sensações de felicidade;
- Outros efeitos a depender do momento do consumo e do haxixe escolhido.
Como é fumado o haxixe?
Em vários países é mais comum o uso do haxixe, mas no Brasil, além de ser mais caro é também mais difícil encontrar pessoas que fumam o hash. Por isso, vamos falar as formas mais comuns para fumar esse derivado da maconha!
Você pode usar o hash colocando um pouco dele no beck e usando algum tipo de erva que ajude a carburar. Dessa forma, você pode usar qualquer tipo de haxixe, em qualquer consistência. Para ter uma carburação de qualidade, preste atenção na proporção do haxixe para a erva, que pode variar a depender da qualidade da substância que você tem para uso.
Se você quer aprender a bolar um haxixe, temos um guia completo para te ajudar nessa tarefa!
Tipos de haxixe
São vários os tipos de haxixe que existem atualmente. Com diferentes técnicas de extração, uso de diferentes materiais, strains e outros fatores que diferenciam os haxixes entre si, com diferentes qualidades e efeitos.
Aqui vai uma lista de alguns dos tipos de haxixe mais conhecidos que já abordamos em nosso blog:
- Haxixe Ice (Ice-o-lator)
- Haxixe Marroquino (marrom)
- Haxixe Paquistanês
- Haxixe Afegão
- Haxixe Charas
- Haxixe Preto (Paraguaio)
- Haxixe Crumble
- Haxixe Temple Ball
Como fazer o uso do haxixe?
Como falamos, o haxixe é normalmente consumido de forma misturada com alguma outra erva quando ele é fumado e, pode ser consumido sozinho quando vaporizado. As ervas mais comuns que se misturam o haxixe são, a própria maconha, o tabaco (provindo do cigarro industrializado ou o tabaco artesanal) e o kumbaya.
Dependendo da escolha, o consumo será diferente, pois cada uma dessas ervas possui uma queima diferente, mas na maioria dos casos os usuários separam a resina em pequenas bolinhas (feitas com as mãos ou com o auxilio de tesouras) ou em um formato de cobrinha e misturam a erva que posteriorimente é colocada em um papel chamado de seda e enrolado.
Outras maneiras de consumo incluem o uso de vaporizadores, copos e outros recipientes de vidro, silicone ou metal, como é o caso de bongs, pipes e o néctar collector, que são esquentados e o usuário faz a ingestão do vapor que sai de quando a resina é esquentada.
Quanto custa o hash no Brasil?
O haxixe no Brasil é vendido em diferentes formatos, qualidades e aspectos, podendo ser produzidos no Brasil ou importados (ilegalmente) de fora do país.
Os haxixes de pior qualidade são normalmente chamados de preto, esse nome se da pela cor e formato desse tipo de resina e o preço varia dependendo da região e volume de compra, saindo em torno de 15-40 reais o grama. Já outros tipos de haxixe, normalmente chamados de marrom, paquistanes, dry ou marroquino, possuem uma qualidade e aspectos melhores e também um preço mais elevado, normalmente entre os 35-70 reais o grama.
Além desses existem outros haxixes vendidos pelo mercado ilegal de mais alta qualidade, podendo chegar a preços de até 200 reais o grama, porém sua venda é mais rara e perigosa, já que esses concentrados possuem altas taxas de THC e o consumo por quem não está acostumado pode ter efeitos colaterais negativos, em especial o aumento da ansiedade e da frequência cardíaca.
O consumo de haxixe é amplamente feito no Brasil, sendo inclusive um tema glamourizado por muitos usuários mais ativos devido às altas qualidades que é possível se encontrar no mercado ilegal, porém é importante fazer o alerta de que essa forma de consumo é muito mais potente do que quando é feito o consumo das flores em natura. Para quem nunca fez o consumo, é recomendado começar de forma mais controlada e com a assistência de alguém que conhece os efeitos positivos e negativos, para ajudar em caso de efeitos colaterais negativos.
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