As respostas que mantém o equilíbrio interno e a regulação do funcionamento corporal vem da homeostase. Para manter o nosso corpo em perfeita sintonia são necessários aliar mecanismos e funções internas, tanto em relação aos nutrientes no sangue, quanto no pH, na pressão arterial e outras atividades.
Explore a importância da homeostase para a saúde, os seus tipos, mecanismos e fatores que podem afetá-la. Entenda como essa máquina, mais conhecida como corpo humano funciona “por dentro”.
O que é homeostase?
Homeostase é o processo pelo qual um organismo mantém um ambiente interno estável e equilibrado, mesmo quando há variações no ambiente externo. O seu termo deriva do grego antigo hómoios, onde “homeo” significa “igual” e “stasis” significa “estado”. Assim, homeostase refere-se ao estado de equilíbrio interno do organismo.
Ao que tudo indica, o seu conceito foi descrito por Claude Bernard, fisiologista francês, em 1865. Posteriormente, foi cunhado por outro fisiologista americano, Walter B. Cannon, que concretizou o princípio da regulação homeostática.
Em relação à homeostase do organismo humano, a regulação de temperatura e pressão arterial feitas pelo próprio corpo são exemplos de como ocorre essa ação.
Agora, vamos entender como ela funciona e para isso, é necessário considerar como o corpo regula suas condições internas. A homeostase envolve diversos sistemas e mecanismos, que incluem:
- Receptores: São sensores que detectam mudanças no ambiente interno. Eles monitoram variáveis como temperatura, pH, níveis de glicose no sangue, entre outros.
- Centro de controle: Recebe as informações dos receptores e decide o que deve ser feito para manter o equilíbrio. No corpo humano, muitos desses centros estão localizados no cérebro, especialmente no hipotálamo.
- Efetores: São órgãos ou células que executam as respostas determinadas pelo centro de controle. Eles ajustam as condições internas para restaurar o equilíbrio. Por exemplo, se o corpo está muito quente, as glândulas sudoríparas (efetores) produzem suor para ajudar a resfriar o corpo.
A homeostase é crucial para a sobrevivência dos organismos, pois um ambiente interno equilibrado é necessário para que as células funcionem corretamente. Qualquer desvio significativo dos parâmetros normais pode levar a doenças ou disfunções. Por exemplo, a diabetes resulta de problemas na regulação da glicose no sangue, e a febre é uma resposta a uma alteração na temperatura corporal.
Tipos de homeostase
A homeostase pode ser dividida em três subáreas: biológicas, ecológicas e humana. Vamos abordar cada uma delas:
Biológica
A homeostase biológica refere-se ao equilíbrio interno dos sistemas e processos celulares e orgânicos necessários para a sobrevivência e o funcionamento adequado dos organismos. Esse conceito abrange a regulação de variáveis fisiológicas e químicas dentro das células e organismos. Exemplo do tipo biológico:
- O equilíbrio de cálcio nas células é crucial para funções como a contração muscular e a transmissão nervosa. Células têm mecanismos para controlar a entrada e saída de cálcio através de canais e bombas.
Ecológica
Refere-se à manutenção do equilíbrio nos ecossistemas, onde diferentes componentes bióticos (organismos) e abióticos (fatores não vivos, como clima e solo) interagem para criar um ambiente estável e sustentável, ou seja, está ligado ao equilíbrio da vida planetária. Como exemplo do tipo ecológico, temos:
- A dinâmica entre predadores e presas pode regular a população de ambas as partes, mantendo o equilíbrio ecológico.
Humana
Envolve a manutenção do equilíbrio interno do corpo humano, essencial para a saúde e funcionamento adequado. Isso envolve a regulação de várias condições fisiológicas e químicas para garantir que o ambiente interno do corpo permaneça estável, apesar das mudanças externas. Exemplo de mecanismos de feedback negativos:
- O controle da pressão arterial é um exemplo de feedback negativo, onde o sistema cardiovascular ajusta a força de contração do coração e a dilatação dos vasos para manter a pressão dentro de limites saudáveis.
Esses são os 3 principais tipos de homeostase, cada qual exercendo uma função vital para o bom funcionamento do nosso sistema.
Mecanismos para manter a homeostasia
Para manter a homeostase, os organismos utilizam uma série de mecanismos sofisticados que monitoram e ajustam constantemente as condições internas. Esses mecanismos podem ser classificados em diferentes categorias com base no tipo de resposta que geram e na natureza dos processos envolvidos:
- Mecanismos de feedback;
- Regulação hormonal;
- Regulação nervosa;
- Regulação do metabolismo
- Regulação do equilíbrio ácido-base;
- Regulação da temperatura corporal;
- Homeostase de fluídos eletrólitos;
- Regulação do crescimento e desenvolvimento.
Como deu para perceber, o processo é bem complexo e envolve uma série de mecanismos importantes para fazer o corpo humano responder aos diferentes estímulos.
Quais fatores podem afetar a homeostasia?
A homeostase precisa de funcionalidades do sistema nervoso, endócrino e imune para manter a harmonia interna. A capacidade para sustentar as adversidades da vida, irá depender da constância dos fluídos do corpo. Esses fluídos podem ser afetados por diversos fatores, como:
- Mudanças ambientais extremas, como temperaturas muito altas, levando à desidratação e aumento de sudorese.
- Estresse físico que aumentam a demanda de oxigênio e nutrientes, dificultando o ajuste da frequência cardíaca.
- Mudanças internas metabólicas, que podem afetar a produção e consumo de energia, como desequilíbrios hormonais.
- Dieta e nutrição desequilibrada, além do excesso de nutrientes, como sódio e açúcares no corpo.
- Fatores psicológicos e emocionais, que alteram os níveis de cortisol e outros hormônios, afetando vários aspectos da homeostase, além de distúrbios do sono.
Outros fatores como envelhecimento, ambiente social e econômico e uso de medicamento ou outras substâncias também podem interferir no bom funcionamento da homeostase. Alguns dos fatores apresentados – como os psicológicos e emocionais – podem ser controlados com o uso da cannabis medicinal.
Esta planta contém compostos ativos, como os terpenos, fitocanabinoides e canaflavinas, que interagem com o sistema endocanabinoide, sendo capazes de modular o organismo interno, resultando em maior bem-estar e equilíbrio.
A cannabis é benéfica para diversas condições médicas, como a ansiedade, depressão, Alzheimer, transtorno do espectro autista, câncer, dentre outros. Como acompanhamos na leitura, muito do processo homeostático é influenciado pelas emoções, gerando vários desequilíbrios, a cannabis pode ajudar a trazer mais equilíbrio para a sua vida.
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