Se você sofre desse mal ou tem algum tipo de sintoma relacionado à gastrite, vamos explicar como você deve proceder para realizar o tratamento mais adequado, de forma segura e respeitando o seu organismo.
Essa doença acomete cerca de 50% da população brasileira e tem crescido cada vez mais. Isso se deve aos maus hábitos alimentares e da rotina cada vez mais turbulenta, que colabora para potencializar os sintomas de estresse e ansiedade. Se você faz parte desse número, acompanhe com a gente na leitura e descubra como tratar!
O que é gastrite?
A gastrite é uma condição caracterizada pela inflamação da mucosa gástrica, que pode resultar de várias causas, incluindo infecções, irritação por substâncias químicas, uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), álcool, estresse e doenças autoimunes. A inflamação pode ser aguda ou crônica, dependendo da duração e da gravidade dos sintomas.
Essa inflamação pode interferir na função normal do estômago e, em casos graves, pode levar a complicações como úlceras e hemorragias. A mucosa gástrica possui uma barreira protetora que a defende contra os ácidos do suco gástrico e agentes irritantes. Quando essa barreira é comprometida, pode ocorrer inflamação. Os mecanismos de defesa incluem:
- Produção de muco: Protege a mucosa.
- Bicarbonato: Neutraliza a acidez.
- Células epiteliais: Fazem a regeneração rapidamente.
Na gastrite, a integridade dessa barreira é afetada, levando a:
- Inflamação: Resultante de um aumento da permeabilidade da mucosa.
- Destruição das células epiteliais: Pode ocorrer devido à ação de agentes irritantes, como o álcool ou H. pylori.
A gastrite é uma condição comum, mas que pode ter um impacto significativo na saúde digestiva. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações. Manter um estilo de vida saudável, evitar irritantes e seguir orientações médicas são passos fundamentais para o tratamento dessa condição médica.
Sintomas mais comuns da gastrite
Os sintomas da gastrite podem variar em intensidade e frequência, a depender de cada pessoa e do seu estilo de vida e hábitos alimentares. Vamos trazer aqui os mais comuns:
- Dor ou desconforto abdominal: Pode ser uma dor em queimação ou uma sensação de pressão na parte superior do abdômen.
- Náuseas: Sensação de enjoo que pode levar a vômitos.
- Vômitos: Às vezes, podem ocorrer vômitos com sangue ou bile.
- Indigestão: Sensação de estômago cheio, especialmente após as refeições.
- Perda de apetite: A dor e o desconforto podem levar a uma diminuição do apetite.
- Arrotos frequentes: Pode ser acompanhado por um gosto amargo na boca.
- Distensão abdominal: Sensação de inchaço ou aumento de gases.
- Fezes escuras: Podem indicar sangramento no trato digestivo.
Se você apresenta mais de um sintoma, é importante procurar um médico gastrointestinal para realizar os exames adequados e analisar o seu caso.
Possíveis causas
Como já falamos ao longo do texto, existem vários fatores que podem afetar a saúde do seu estômago, incluindo:
- Infecciosas: Principalmente H. pylori, que está associada a muitas gastrites crônicas e úlceras pépticas.
- Uso de medicamentos: AINEs como ibuprofeno e aspirina são conhecidos por causar irritação gástrica.
- Estilo de vida: Consumo excessivo de álcool, tabagismo e dieta pobre pode contribuir.
- Doenças autoimunes: O ataque do sistema imunológico às células gástricas.
- Estresse: Estresse físico intenso, como cirurgias ou traumas, pode levar à gastrite aguda.
- Consumo excessivo de álcool: O álcool pode causar irritação na parede do estômago, deixando-o desprotegido da ação dos sucos gástricos.
Essas são algumas das possíveis causas mais comuns por quem sofre de gastrite. Agora, vamos entender quais são os principais tipos dessa condição médica, para você ter clareza do seu quadro no momento de realizar os exames.
Tipos de gastrite
Existem cinco tipos de gastrite mais comuns, apresentando diversos sintomas e formas de tratamento. Confira abaixo:
- Gastrite aguda
É uma inflamação súbita e temporária da mucosa gástrica e pode ser causada por vírus, bactérias ou por algum tipo de lesão. Essa condição pode ocorrer devido a uma série de fatores e pode levar a sintomas desconfortáveis, como dor abdominal e náuseas.
Geralmente, está associada ao consumo excessivo de substâncias como café, álcool, refrigerante ou alimentos fritos. Para ter resultados positivos no tratamento da gastrite aguda, é importante reduzir – ou dependendo do caso, eliminar – os alimentos que estão causando o desconforto e realizar o tratamento por meio de medicamentos antiácidos.
Em casos mais graves, a consulta com um médico é imprescindível para ter um diagnóstico e tratamento mais certeiro e confiável, de acordo com os sintomas relatados, fazendo o uso de medicamentos como omeprazol e pantoprazol.
- Gastrite crônica
É uma inflamação persistente da mucosa gástrica que se desenvolve ao longo do tempo, podendo durar meses ou até anos. Essa condição é caracterizada por uma inflamação contínua que pode levar a alterações na estrutura da mucosa gástrica, como atrofia, metaplasia e até displasia.
A gastrite crônica pode ser classificada em diferentes tipos, sendo os mais comuns a gastrite crônica tipo A, tipo B e tipo C, cada uma com suas causas e características específicas.
- Gastrite do tipo A: Associada a doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca células parietais do estômago. Além disso, diminui a produção de ácido gástrico, levando à deficiência de vitamina B12 e podendo causar anemia megaloblástica.
- Gastrite do tipo B: É o tipo mais comum, causada pela infecção por Helicobacter pylori. Existem alguns fatores de risco associados a esse tipo, como úlceras gástricas e câncer de estômago.
- Gastrite tipo C: Desencadeada por uso prolongado de AINEs ou consumo excessivo de álcool e irritantes.
Os sintomas da gastrite crônica envolvem mal-estar constante, vômito regular, gosto desagradável na boca, queimação, úlceras e inchaço abdominal. O tratamento deve ser feito com o uso regular de antiácidos e inibidores de produção de ácido no estômago, além de uma dieta alimentar apropriada para esse caso.
- Gastrite eosinofílica
É uma forma rara de gastrite caracterizada por um tipo de glóbulo branco na mucosa gástrica. Essa condição é considerada uma doença inflamatória e pode ser associada a alergias alimentares ou a reações imunológicas a substâncias externas.
Os tratamentos podem envolver o uso de medicamentos corticoides ou outros relacionados a sintomas de gastrite.
- Gastrite nervosa
A gastrite nervosa, também conhecida como gastrite psicossomática, é uma condição em que a inflamação da mucosa gástrica é desencadeada por fatores emocionais e psicológicos, como estresse, ansiedade e tensão. Essa relação entre a mente e o corpo pode resultar em sintomas gástricos que se manifestam em resposta a estados emocionais.
Para tratar esse tipo de gastrite, é recomendado o uso de antiácidos e inibidores de ácidos estomacais e também o acompanhamento psicológico e psiquiátrico, em casos mais graves onde é necessário o uso de medicamentos.
- Gastrite enantematosa
Essa gastrite é caracterizada pela presença de áreas de inflamação e hiperemia na mucosa gástrica. O termo “enantematosa” refere-se ao aspecto visual da mucosa, que apresenta eritema e lesões superficiais, mas geralmente não envolve ulcerações profundas.
O excesso de álcool ou mesmo o uso de medicamentos por um longo período pode causar esse tipo de gastrite. Além dos sintomas mais comuns, pode apresentar sangue nas fezes e dores mais acentuadas.
Tratamento para problemas gastrointestinais
Para quem sofre de gastrite, é imprescindível realizar o tratamento adequadamente para sentir a melhora nas dores. O tratamento varia de acordo com a condição específica, mas geralmente inclui uma combinação de mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. De forma geral, você pode:
- Evitar o consumo de alimentos gordurosos;
- Mastigar bem os alimentos antes de engolir;
- Evitar o consumo de álcool, tabaco e outros tipos de fumo;
- Evitar consumir grandes quantidades de alimentos próximo ao horário de dormir;
- Ingerir frutas, legumes e carnes magras;
- Evitar o consumo de alimentos que fermentam como brócolis, couve-flor, dentre outros;
- Fazer o gerenciamento de estresse e ansiedade;
- Reduzir o consumo de cafeína e alimentos picantes;
- Beber a quantidade de água ideal para o seu peso;
- Ingerir chás para a gastrite, como a espinheira santa.
Esses são apenas alguns exemplos de como você pode melhorar o seu quadro de gastrite de forma simples e rápida. Mas, lembre-se que isso não exclui a consulta ao gastroenterologista e também ao nutricionista.
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