A cannabis medicinal está adentrando diversos recantos do país. Por meio dos teleatendimentos e das regulamentações que envolvem o uso da planta, tem se tornado cada vez mais comum conhecer paciente de cannabis no Brasil.
No entanto, é fundamental compreender que existem critérios para quem busca um tratamento terapêutico à base de cannabis, que envolvem não somente as condições médicas, mas outros detalhes importantes. Se você tem interesse no assunto, fique com a gente até o final para descobrir se o seu perfil se encaixa.
Quem pode fazer tratamento com cannabis?
Não existe um “perfil ideal” rígido para quem deseja se tornar paciente de cannabis no Brasil, mas, de maneira geral, o uso da planta é mais indicado para pessoas com condições de saúde específicas que não obtiveram os resultados esperados com tratamentos convencionais ou que possuem doenças graves e crônicas, incluindo câncer, Parkinson, Alzheimer, depressão, dentre outras.
Em primeiro lugar, você deve observar se já esgotou as possibilidades de tratamentos convencionais – mas isso não é uma regra. Muitas pessoas optam diretamente pelo tratamento à base de cannabis por ser natural e não apresentar, geralmente, nenhum efeito colateral grave.
Em segundo lugar, você precisa se questionar se o tratamento alternativo é para você. Mas, como assim? Muitas pessoas não são adeptas ao uso de produtos naturais, o que acaba dificultando o tratamento, tanto pela aceitação quanto pelo próprio estresse que isso pode gerar no corpo.
Por isso, se você escolheu realizar um tratamento com cannabis medicinal, esteja aberto ou aberta ao procedimento e siga rigorosamente as orientações do seu médico prescritor. A indicação para o tratamento com cannabis deve ser feita por um médico especializado, que irá avaliar as condições de saúde do paciente, o histórico médico e outras alternativas terapêuticas disponíveis. A recomendação para o uso de cannabis geralmente ocorre nos seguintes casos:
- Condições crônicas e graves: Pacientes com doenças como epilepsia refratária, dor crônica (como dor oncológica ou fibromialgia), esclerose múltipla, entre outras condições que afetam o sistema nervoso ou causam sofrimento intenso.
- Falha nos tratamentos convencionais: Quando tratamentos tradicionais não têm eficácia ou causam efeitos colaterais severos, o uso da cannabis medicinal pode ser uma alternativa.
- Indicação de um especialista: O médico deve ser o responsável por avaliar a viabilidade do tratamento com cannabis, considerando fatores como a idade do paciente, outras comorbidades e o risco-benefício.
Portanto, qualquer pessoa que se enquadre nessas condições pode, sim, ser considerada para o tratamento, desde que tenha o acompanhamento de um profissional médico. O médico também é quem decidirá a dosagem e a forma de administração adequadas.
Quantos pacientes de cannabis existem no Brasil?
Um dos indicadores mais relevantes no país em relação à cannabis medicinal é saber quantas pessoas estão utilizando os produtos e fazendo tratamentos. Em 2023, a Kaya apontou em seu Anuário da Cannabis Medicinal 430 mil pacientes.
Já em 2024, vemos um crescimento marcante de 56%, totalizando mais de 672 mil pessoas usando a cannabis medicinal como método de tratamento. Esse número representa quase 10% do total potencial de 6,9 milhões calculado pela Kaya. Isso indica que o mercado deve seguir se desenvolvendo por vários anos.
É importante esclarecer que nesse total, a empresa não considerou as milhares de pessoas que realizam o auto cultivo medicinal ou compram produtos no mercado ilegal com fins terapêuticos.
Além desses dados, outros setores da cannabis medicinal também obtiveram uma parcela significativa, colaborando para o aumento no número de pacientes:
- 313 mil importações;
- 212 mil farmácias no Brasil;
- 147 associações de cannabis.
Ou seja, as importações ainda são a principal porta de entrada para a cannabis, com 46,5% no mercado brasileiro.
Dos 5.570 municípios brasileiros, mais de um terço tem um profissional da saúde que já prescreveu cannabis desde 2019. Além disso, de janeiro a julho de 2024, pelo menos 1.237 municípios contam com prescritores que receitaram a planta – a maior parte encontra-se localizado no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Agora você conseguiu compreender como a cannabis medicinal tem crescido no país e como as pessoas estão conseguindo acessá-la. Outro ponto relevante é a compreensão das características dessas pessoas e é sobre isso que vamos explorar no próximo tópico.
Características de um paciente de cannabis no Brasil
É importante entender como essa demanda se distribui em relação às características envolvendo sexo, idade e gerações. De acordo com o Anuário da Cannabis Medicinal de 2024, 53% se declaram do sexo feminino e 47% masculino.
![Paciente de cannabis](https://kayamind.com/wp-content/uploads/2025/02/Paciente-de-cannabis.png)
A tendência de uso entre as pessoas se encontra nas faixas entre 35 e 44 anos, com a idade média dos pacientes sendo 45 anos. Na pirâmide etária, é possível identificar a geração a que essas pessoas pertencem. Vamos mostrar os dados do primeiro semestre de 2024:
- Geração silenciosa (1923-1946): 5%;
- Baby Boomers (1947-1963): 18%;
- Geração X (1964-1983): 28%;
- Millennials (1984-1995): 17%;
- Geração Z (1995-2009): 33%
- Geração Alpha (2010-2023): 21%.
É possível notar que a geração Z tem uma maior representatividade e compõem grande parte do número de pacientes.
Os principais grupos de especialidades médicas que prescrevem cannabis têm a clínica médica e saúde em geral como o primeiro, com 34%, logo em seguida vem as condições neurológicas com 18% e as condições psiquiátricas com 14%.
Entender esses dados apresentados ajuda a compreender quem são os perfis que mais acessam a cannabis medicinal e quem pode ser um futuro paciente. Se você deseja se tornar um, temos uma excelente notícia: a plataforma Kaya Doc conta com médicos prescritores altamente especializados e prontos para atendê-lo! Cadastre-se no site e inicie o seu tratamento natural agora mesmo!