Turismo canábico: um guia de países e experiências 

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Viajantes de todo o mundo buscam experiências com a cannabis em países onde há regulamentação e estes vão muito além de Amsterdã e Uruguai; descubra quais

Com o avanço regulatório da maconha, muitos viajantes passaram a escolher seus destinos com base em países onde há possibilidade de realizar turismo canábico. Nesse tipo de viagem, os turistas têm como principal objetivo conhecer como funciona o mercado legalizado da cannabis e utilizar a planta de forma recreativa. Muitos países, inclusive, veem a regulamentação da maconha como uma oportunidade para aumentar o turismo local.   

Em quais países a maconha está legalizada? 

Muitos países já têm regulamentações voltadas para a cannabis medicinal, inclusive o Brasil. Mas ainda são poucos que avançaram no quesito de uso adulto, tipo de consumo que mais atrai o turismo canábico. Veja quais são alguns deles: 

  • Uruguai, desde 2013 
  • Canadá, desde 2018 
  • 21 estados dos EUA, como Nova Iorque, Illinois, Califórnia, Colorado, Oregon etc. 
  • Malta, desde 2021 

Existem outros países que já descriminalizaram o uso recreativo e, portanto, também se tornaram possíveis opções de realizar esse consumo, mesmo com alguns limites. Confira: 

  • Portugal  
  • Holanda 
  • Espanha 
  • Jamaica 
  • Argentina 
  • México 
  • Tailândia 
  • Marrocos 
  • Luxemburgo 
  • África do Sul 

Onde fazer turismo canábico? 

turismo canabico

Todos os países citados acima têm atraído turistas por conta da cannabis. Alguns já são amplamente conhecidos por isso, como a Holanda – mais precisamente Amsterdã –, que é casa de milhares de coffeeshops. A cidade holandesa, inclusive, se tornou uma das mais visitadas do mundo por causa do turismo canábico, tanto que as autoridades locais já chegaram a considerar a proibição do consumo recreativo de maconha para turistas a fim de se desvincular dessa imagem e diminuir os problemas com tráfico. 

Mas o turismo canábico vai muito além de Amsterdã. O Uruguai, país-vizinho do Brasil, também é um destino comum, principalmente por Montevidéu hospedar o festival Expocannabis, um dos mais famosos do meio e peça essencial para a movimentação da economia canábica na região. O evento costuma acontecer anualmente em dezembro e, só no verão de 2017/2018, o país atraiu seu recorde de visitantes: mais de 4 milhões de pessoas. Segundo a lei, apenas residentes podem fazer uso adulto, mas isso não impede a possibilidade de compra e consumo por parte dos turistas.  

Os Estados Unidos, mesmo que não tenham regulamentado a planta a nível federal, vêm atraindo muitos viajantes. A Califórnia já é muito reconhecida pelo seu mercado canábico, no qual marcas inovadoras atuam e surgem tendências, mas novos estados vêm se destacando, como Nova Iorque, que legalizou a planta em 2021. Desde então, no estado, cidadãos podem portar até 85g de maconha e o uso é liberado em locais onde cigarros de tabaco são permitidos.  

Já o Canadá tem uma das legislações de uso adulto mais avançadas do mundo. No país, turistas podem adquirir e consumir a planta legalmente – na maioria das províncias, a partir dos 18 anos, mas em algumas outras a partir dos 19 ou 21 anos. Cada região também é responsável por delimitar quais são os tipos de lojas autorizadas a vender a planta para uso recreativo, sendo que as vendas online podem ocorrer em todo país. A definição dos locais apropriados para fumo também depende da província. 

Na Europa, os países que mais se destacam além da Holanda são Portugal e Espanha, ainda que Malta e Luxemburgo tenham regulamentações relevantes. Portugal, por exemplo, tem um dos melhores modelos de descriminalização do mundo, pelo qual é permitido portar 25g de cannabis – Lisboa e Algarve são os principais polos turísticos para consumo da planta. Já na Espanha são mais de 700 clubes canábicos em funcionamento, onde sócios e seus convidados se reúnem para fazer o consumo da planta – é proibido, no entanto, portar cannabis nas ruas, sujeito a multa. Em Barcelona, cidade espanhola, também ocorre um evento canábico de renome, o maior da Europa, chamado Spannabis.   

Quando se fala em haxixe, a estrela mundial é o Marrocos, onde existe uma longa tradição de produção da substância. Lá, como turista, você pode visitar campos de plantação de maconha, mesmo a erva sendo ilegal.  Algo parecido acontece na Jamaica, país em que é permitido o uso religioso e medicinal de cannabis, e o uso adulto é descriminalizado. Os turistas podem portar cannabis, além de poderem visitar plantações de maconha pelo país. 

Em outros locais, como no México e na Tailândia, onde autoridades já caminham para regulamentar o uso adulto, existe a possibilidade de realizar spas canábicos – sim, tratamentos de beleza e relaxamento à base de CBD e outros compostos da planta. Além disso, o país asiático conta com restaurantes canábicos, em que refeições e pratos têm a planta como ingrediente.  

O turismo voltado para experiências com a cannabis, portanto, já é uma realidade que pode trazer muitos benefícios econômicos para os países que apostarem nisso. No Brasil, essa ainda é uma realidade distante, mas o mercado se movimenta em relação a essa tendência: já existem empresas com o objetivo de se tornarem agências de viagem canábicas, como a MiCasa420. Afinal, o que não falta é oportunidade. 

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