Depois de anos de ilegalidade e preconceito, a cannabis, hoje, é considerada uma alternativa aos tratamentos médicos comuns para diversas condições, à produção de matérias-primas favoráveis ao meio ambiente e até à diminuição da violência e segregação social presentes na sociedade. Com a sua regulamentação baseada em todas essas vantagens, o mercado financeiro enxergou na planta uma nova oportunidade de investimento, o que atraiu muitos olhares e por isso viemos mostrar para vocês como investir em cannabis aqui no Brasil.
Grandes empresas da indústria da maconha, por exemplo, foram incluídas em bolsas de valores de renome, como a Bolsa de Nova York e a Nasdaq. Surgiram, também, os fundos de investimento voltados para esse tema, sendo alguns deles ETFs (Exchange Traded Funds ou fundos de índices), aplicações que, atualmente, fazem sucesso por investir em diferentes ações em cannabis e trazer diversificação à carteira.
No Brasil, inclusive, essa movimentação no mercado financeiro também aconteceu, ainda que a planta não seja legalizada. Existem por volta de quatro tipos diferentes de ativos no país, a partir dos quais é possível investir em cannabis na bolsa por alguns acompanharem ETFs. É claro, no entanto, que as opções são mais limitadas do que internacionalmente, onde há uma variedade enorme.
Como surgiram os fundos de investimento de cannabis?
Em 2018, o governo do Canadá legalizou o uso recreativo da maconha e movimentou a indústria mundial, como foi detalhado na publicação “Mercado canadense de cannabis mais que dobra em 2020“. Esse avanço propiciou circunstâncias de crescimento para o setor e também possibilitou grandes empresas da planta a se abrirem para o mercado público. A produtora e distribuidora de cannabis Aphria Inc., por exemplo, foi a primeira a ser comercializada na principal bolsa de valores do mundo, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
A partir desse momento, outras organizações canábicas também entraram para o mercado financeiro, como a Tilray, e as possibilidades de investimentos na indústria cresceram cada vez mais. De acordo com dados internos da Kaya Mind, o mercado de maconha legal poderia movimentar por volta de R$ 26,1 bilhões no Brasil no quarto ano de sua regulamentação, sendo R$ 9,5 bilhões apenas movimentados pelo mercado medicinal. Mesmo que o setor canábico esteja no início de seu desenvolvimento no Brasil, já surgiram fundos e oportunidades para pequenos e grandes investidores que acreditam no futuro e no potencial do mercado, seja nacional ou internacional.
Quais são os fundos de investimento de cannabis no Brasil?
Vitreo Canabidiol FIA IE
Em outubro de 2019, surgiu o primeiro fundo de investimento em território brasileiro, o Fundo Vitreo Canabidiol FIA IE, gerido pela fintech Vitreo. Com investimentos em diversas empresas internacionais voltadas para a indústria de maconha, o objetivo inicial era de captar R$ 100 milhões e, em menos de 12 horas, chegou a receber R$ 3 milhões. Veja algumas características do fundo:
Vitreo Cannabis Ativo
Em novembro de 2019, a Vitreo lançou um novo fundo, para um público alvo diferente. Enquanto o pioneiro era voltado para investidores qualificados, com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras ou que tenham certificações validadas pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários), o segundo tem como foco investidores em geral. Antigamente chamado de Fundo Vitreo Canabidiol Light FICFIM, foi remodelado para o Vitreo Cannabis Ativo, que, segundo a empresa, é “um fundo mais agressivo, com o diferencial da gestão ativa e com um potencial de lucratividade muito maior, assim como os riscos – e vale o destaque de que nenhum retorno pode ser garantido.” Ele investe no Canabidiol FIA IE e em swap de ativos atrelados ao setor de cannabis.
As particularidades se distinguem do anterior nos seguintes quesitos:
XP Investimentos
Ainda, em dezembro de 2021, a XP Investimentos apresentou um novo fundo que investe em ações de empresas relacionadas ao mercado da cannabis internacional e legal. O Trend Cannabis FIM acompanha a variação do ETF MG Alternativa Harvest, ligado ao setor de cannabis nos Estados Unidos. Além disso, o fundo multimercado da XP tem proteção cambial, ou seja, o investidor não fica exposto às oscilações do dólar, e é aberto para o público em geral. Ainda assim, o Trend Cannabis FIM é de alto risco. Veja abaixo alguns de seus atributos:
Todas essas oportunidades de investimento foram afetadas pela pandemia do novo coronavírus, pois causou o fechamento de estabelecimentos relevantes, prejudicando o desempenho econômico mundial. Tanto os índices do Ibovespa como do S&P 500 caíram nos três primeiros meses de 2020, mas a partir de abril houve uma retomada significativa. Ainda assim, as lojas e empresas de maconha nos EUA e no Canadá, por exemplo, conseguiram operar de forma positiva durante os respectivos lockdowns já que foram consideradas como serviços essenciais e, portanto, ficaram abertas para entregas e retiradas.
BTG Pactual
O investimento de cannabis brasileiro mais recente, lançado no dia 28 de junho de 2021, foi do BTG Pactual. Chamado de Cannabis Ativo FIM, esse ativo pode ser incorporado em seu portfólio e é gerenciado por especialistas da Vitreo, fintech citada anteriormente. Enquanto alguns fundos investem 20% em ETFs de cannabis, esta alternativa tem 100% de exposição no tema. Além disso, em sua carteira, estão empresas de renome do setor que atuam desde a área de biotecnologia até a de cosméticos. Por isso, é uma boa opção para quem deseja ter uma diversificação nos investimentos. Veja abaixo os detalhes:
Como investir em fundos de cannabis?
Para investir em cannabis, não é necessário ser um grande investidor. No Brasil, por exemplo, há possibilidades para pessoas que não podem fazer um aporte inicial volumoso, mas é importante lembrar que os fundos são investimentos de longo prazo e, no caso da cannabis, fazem parte de um mercado volátil, sendo de alto risco.
Ainda assim, em momentos positivos, têm uma rentabilidade significativa por terem valorizado muito nos últimos anos. Por isso, caso você seja um investidor de perfil arrojado que quer seguir esse risco, o recomendável é aplicar entre 3% e 5% dos seus investimentos nesse mercado. Diante de uma maior aceitação e regulamentação da indústria da cannabis mundial, a tendência é que os investimentos nesse setor se tornem mais seguros.
Além dos fundos, há outras formas de investir em cannabis, como por meio dos ETFs, as criptomoedas e as NFTs.
O que são ETF de cannabis?
Um dos tipos de fundos de investimentos que existem voltados para a cannabis e estão cada vez mais em alta são os ETFs (Exchange Traded Funds ou fundos de índices). Essa aplicação é atrelada a um índice de referência, ou seja, o gestor adequa a composição do ETF para que esteja o mais semelhante possível com a do indicador, tanto em relação às ações que o compõem quanto às proporções que elas representam. Consequentemente, a sua rentabilidade segue o mesmo ou quase o mesmo padrão do índice.
Essa é uma alternativa interessante para quem deseja diversificar a carteira, já que reúne ações de diferentes empresas e até mesmo setores. No Brasil, esse tipo de investimento foi regulamentado em 2002 e o primeiro surgiu em 2004, somando, hoje, o total de 65 BDRs (Brazilian Depositary Receipt) de ETFs na bolsa brasileira. Por outro lado, no exterior, onde ele é mais conhecido e desenvolvido, existem milhares de opções.
Os ETFs da cannabis, portanto, também acabam sendo mais populares fora do país, o que não inviabiliza o investimento para quem deseja fazer essa aplicação. Pelo contrário, quem aposta em ativos internacionais pode aumentar seus rendimentos, já que a retomada econômica, neste momento da pandemia do novo coronavírus, está mais acelerada internacionalmente. Além disso, investir no mercado da maconha é uma alternativa cada vez mais certeira, apesar de ser um mercado volátil – a regulamentação em diferentes âmbitos da cannabis vem acontecendo em diversas nações pelo mundo, além de estudos comprovarem os benefícios de seu uso medicinal e industrial. Assim, surgem e se desenvolvem empresas e indústrias dedicadas à planta.
Atualmente, o mercado da cannabis já é multibilionário e existem empresas reconhecidas mundialmente, como a Tilray, Canopy Growth, Aphria, e tantas outras. São em ações desses grupos que os ETFs de cannabis investem.
Veja alguns exemplos de ETFs de cannabis internacionais:
- Amplify Seymour Cannabis ETF (CNBS; Nova York)
- AdvisorShares Pure Cannabis (YOLO; Nova York)
- BetaPro Marijuana Companies 2x Daily Bull ETF (HMJU; Toronto)
- Cannabis (THCX; Nova York)
- Horizons Medical Marijuana Life Sciences (HMMJ; Toronto)
Já, no Brasil, os fundos voltados para a cannabis da Vitreo, investem uma parte em ETFs. O Canabidiol FIA IE, por exemplo, investe dois terços do portfólio em ETFs e um terço em ações de cinco a seis empresas do setor. A XP Investimentos também lançou um fundo que investe em ações de companhias internacionais do segmento e, portanto, acompanha um ETF.
Mercado e cuidados com fundos de investimento de cannabis
Mesmo diante de uma crise sanitária, a evolução e o crescimento da indústria canábica se mostra inevitável. Desde o final de 2020, as ações das maiores empresas de maconha estão em ascensão devido a uma série de fatores, sendo o mais relevante a eleição do presidente estadunidense Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris. Isso aconteceu, pois ambos os políticos já expressaram seu apoio ao desenvolvimento do setor, o que aqueceu o mercado. Além disso, no mesmo ano, houve 124 acordos de fusão e aquisição de companhias relacionadas à cannabis no mercado canadense e dos EUA, movimentando US$ 615 milhões, segundo a S&P Global.
Contudo, é importante ter em alerta a forte volatilidade nos investimentos de maconha, os fundos brasileiros da cannabis que, por vezes, também sofrem com alterações cambiais. Para quem tem o perfil mais conservador, deve-se considerar uma aplicação de longo prazo e manter uma visão de menor risco. Porém, para os investidores mais arrojados e aqueles que conseguem movimentar em moeda estrangeira, é possível encontrar boas opções de investimento nessa indústria.
O relatório “Impacto Econômico da Cannabis” também mostra o potencial do Brasil em relação à legalização da planta em três níveis (medicinal, industrial e uso adulto): o mercado total poderia movimentar R$ 26 bilhões no quarto ano de regulamentação. Se, hoje, em um cenário em que as leis ainda estão atrasadas em relação aos usos da maconha no país, já há opções de investimento, quando ocorrer a legalização a promessa é de que as oportunidades se ampliem ainda mais.
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