Sabe aquele momento em que você e seus amigos não conseguem parar de rir, mesmo sem um motivo tão claro? Para muita gente, essa cena tem algo em comum: a presença da cannabis. Não é só impressão — a ciência confirma que a relação entre maconha e riso realmente pode nos deixar mais propensos a gargalhadas.
Mas afinal, por que isso acontece? Existe uma explicação biológica para essa sensação de leveza e alegria? Como o nosso cérebro reage à cannabis nesse processo? Prepare-se para entender tudo isso de forma divertida, mas sem perder o embasamento científico!
Qual é a relação entre maconha e riso?

A maconha e o riso têm uma conexão que vai além da cultura pop ou dos memes. A resposta está no sistema endocanabinoide, um conjunto de receptores presentes em todo o corpo humano e que regula funções como humor, apetite, memória e dor.
Quando consumimos cannabis, os canabinoides presentes na planta — como o THC (tetra-hidrocanabinol) — interagem com esses receptores, especialmente com os chamados CB1, localizados no cérebro. Esse encontro provoca uma verdadeira festa bioquímica: aumento da liberação de dopamina (o neurotransmissor do prazer), modulação do córtex pré-frontal (envolvido na criatividade e na percepção) e alteração da percepção sensorial.
Resultado? Uma predisposição maior para achar situações engraçadas, absurdas ou inusitadas — mesmo que, em outros momentos, passaríamos batido por elas.
Essa sensação de leveza, riso fácil e “olhar mais divertido para o mundo” é uma das razões pelas quais muitas pessoas buscam a maconha como forma de relaxar e melhorar o humor.
Quais são os gatilhos que nos fazem rir?
Antes de aprofundar o papel da cannabis, vale entender que o riso é, por si só, um fenômeno fascinante. A ciência já mapeou alguns dos principais gatilhos que nos fazem rir:
- Quebra de expectativa: Quando algo inesperado acontece e surpreende nosso cérebro.
- Conexão social: O riso é contagioso — sorrimos mais na presença de outras pessoas.
- Liberação emocional: Rir é uma forma de aliviar tensões internas.
- Prazer sensorial: Estímulos físicos (como cócegas) também podem provocar riso.
Agora imagine esses gatilhos sendo “turbinados” por um cérebro sob efeito do THC, com percepções ampliadas, julgamentos mais flexíveis e emoções mais afloradas. Não é difícil entender por que tantas sessões entre amigos terminam em crises de risadas.
Efeitos da maconha no humor e bem-estar
Além de provocar risos, a cannabis — especialmente certas variedades — tem efeitos bastante positivos sobre o humor e o bem-estar geral.
Alguns dos efeitos mais reportados incluem:
- Sensação de euforia leve;
- Redução da ansiedade social (em doses adequadas);
- Aumento da criatividade;
- Sensação de conexão com o ambiente e com as pessoas.
Essa capacidade de “melhorar o dia” está relacionada não apenas à ação do THC, mas também de outros canabinoides e terpenos presentes na planta, como o cariofileno e o limoneno, conhecidos por seus efeitos ansiolíticos e antidepressivos naturais.
No entanto, é importante lembrar que doses muito altas de THC podem ter efeito contrário, provocando ansiedade ou introspecção excessiva. Além disso, a escolha da cepa certa é fundamental para otimizar os efeitos desejados, seja para relaxar, seja para aumentar o riso.
Principais cepas para quem busca maconha e riso
Se o seu objetivo é estimular o bom humor e dar boas risadas, algumas cepas de cannabis são tradicionalmente associadas a esses efeitos. Entre as mais conhecidas, destacam-se:
- Sour Diesel: Conhecida pelo efeito energético e eufórico, favorecendo o riso e a sociabilidade.
- Laughing Buddha: Como o nome sugere, é uma variedade famosa por despertar uma sensação alegre e um humor contagiante.
- Pineapple Express: Popularizada pelo cinema, traz um efeito equilibrado de felicidade e relaxamento.
- Durban Poison: Cepa sativa que promove foco e criatividade, com uma leve euforia que pode facilitar o riso.
- Jack Herrer: Um clássico entre os usuários que buscam inspiração e bom humor sem sedação pesada.
Claro que a resposta pode variar de pessoa para pessoa. Por isso, encontrar a cepa ideal é, muitas vezes, uma experiência personalizada — e que, sejamos sinceros, pode ser bastante divertida!
O que as evidências científicas falam sobre a relação entre maconha e riso?
A ciência ainda está desvendando todos os mistérios da interação entre cannabis e emoções, mas já existem alguns estudos interessantes sobre o tema.
Em pesquisas realizadas com neuroimagem, foi observado que o THC aumenta a atividade em áreas cerebrais relacionadas ao prazer e à resposta emocional, como o núcleo accumbens (centro de recompensa do cérebro), a amígdala (processamento de emoções) e o córtex pré-frontal (regulação do humor).
A revisão sobre o sistema de recompensa e o uso de cannabis, publicada pela Springer Nature, explora como a cannabis interage com o sistema de recompensa do cérebro, afetando a liberação de dopamina e influenciando o humor e a motivação.

Outro estudo da Frontiers in Neuroscience detalha como o THC interage com os receptores de dopamina D1 no núcleo accumbens, afetando a sinalização dopaminérgica e, consequentemente, o humor e o comportamento.
Essas descobertas ajudam a explicar por que, em ambientes relaxados e positivos, a cannabis pode potencializar o riso e o bem-estar — enquanto, em ambientes tensos ou sob consumo exagerado, o efeito pode não ser tão agradável. Maconha e riso têm, sim, uma relação científica concreta — mas como tudo que envolve o sistema nervoso, o contexto e a dose fazem toda a diferença!
A relação entre maconha e riso é tão antiga quanto natural. Se rir já é um remédio potente para o corpo e para a mente, a cannabis — quando usada de forma consciente — pode ser uma grande aliada para ampliar esse benefício.
Entender a biologia por trás dessa conexão torna a experiência ainda mais interessante. Afinal, rir sob efeito da maconha não é só “coisa de filme”, é resultado direto da interação complexa entre os canabinoides e o sistema emocional do nosso cérebro.
Seja para relaxar depois de um dia difícil, para tornar momentos sociais ainda mais divertidos ou mesmo para fins terapêuticos, a combinação de cannabis e bom humor tem ganhado cada vez mais reconhecimento — tanto na cultura popular quanto na ciência.
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