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Cannabis e religião: conheça a relação entre eles

Foto de Redação Kaya

Redação Kaya

Tempo de leitura: 3 min

Publicado em

  • julho 15, 2022
A cannabis é uma planta milenar e foi utilizada durante anos por diversas religiões, como taoísmo, rastafari, hinduísmo e até cristianismo e judaísmo; entenda

Um dos registros mais antigos em torno da cannabis, datado de 2,5 mil anos atrás, é referente ao uso religioso. Cientistas encontraram vestígios da planta em vasos localizados na China e, em 2019, publicaram um artigo em que explicam que esses objetos indicavam o uso de maconha durante cerimônias religiosas, como nos casos de passagem dos mortos das comunidades. A relação entre cannabis e religião, portanto, é longínqua e nem sempre foi com base em preconceitos e proibições. A planta, inclusive, era – e ainda é, em alguns casos – parte de costumes religiosos e uma peça essencial para a espiritualidade, que faz parte da humanidade há séculos. Veja abaixo algumas religiões que, até hoje, têm uma relação estreita com a maconha.

Religião Rastafari e cannabis

cannabis e religião

A religião Rastafari, muito pregada na Jamaica, é uma das mais conhecidas em relação ao uso da cannabis para fins cerimoniais. Essa cultura é, principalmente, baseada no Antigo Testamento em que se incentivava o consumo de todas as ervas, incluindo a cannabis. Eles têm Jeová como Deus, o qual chamam de Jah.

O fumo de cannabis acontece apenas durante cerimônias, como em reuniões para aproximar os seguidores de Jah, e que normalmente são acompanhadas de música. Os rastafaris acreditam que a planta ajuda a induzir sentimentos de paz, amor, introspecção e auxilia na descoberta da divindade interior.

Hinduísmo e cannabis

O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Nascida na Índia, ela tem como crenças chave a reencarnação, karma, a crença na alma e a libertação do ciclo do renascimento. Além disso, ela abraça a cannabis como uma oferenda e uma santidade desde 2000 a.C..

Os Vedas, textos sagrados dos hindus, descrevem que a maconha tem um anjo da guarda em suas folhas e que é “uma fonte de felicidade”. Na tradição da religião, ainda se utiliza a cannabis para diferentes preparações e rituais, como o Bhang, que é uma bebida psicoativa, feita de cannabis, leite e especiarias. Ela é muito consumida nas festividades hindus, como no Holi Festival (festival das cores) e na Shivratri (noite de Shiva), além de ser utilizado pela medicina Ayurveda, de origem hindu.

Taoísmo e cannabis

O taoísmo surgiu no século IV a.C., na China, e tem como principal pensamento: seguir o fluxo ou, de forma mais simples, “deixar rolar”. Os seguidores dessa religião querem viver com naturalidade, simplicidade e espontaneidade, pregando compaixão, humildade e frugalidade (ser econômico, poupador).

Para seguir essas crenças, utilizam a planta para atingir o equilíbrio entre tudo que existe no universo (yin e yang), além de misturá-la com substâncias para obter conhecimentos sobrenaturais e também infundi-la com vinho para tratar condições médicas.

Ainda, alguns seguidores também personificavam a cannabis como um Deus, a Ma Ku (Senhorita Cânhamo, em português), para quem realizavam um culto relacionado à imortalidade. Os textos sagrados taoístas também documentavam o uso da planta em incensos durante rituais.

Sufismo e cannabis

Apesar do islamismo considerar o uso de qualquer substância que intoxica um pecado,  como o álcool, uma de suas vertentes, o Sufismo, tem uma relação estreita com a cannabis. Essa religião, que se iniciou no século VII, buscava um contato individual com Deus e era considerada como uma resistência à ortodoxia que, muitas vezes, era pregada pelo islamismo.

Segundo historiadores, o santo sufi persa Qutb ad-Dīn Hayder conheceu a cannabis durante um passeio no ano 1115, e, após a experimentar, disseminou a ideia de que ela “dissiparia as sombras que tomavam conta de suas almas e iluminaria seus espíritos”. Assim, seus seguidores passaram a cultivá-la e a popularizou entre o mundo islâmico, chegando à Síria, Egito, Iraque etc.. Até hoje, a planta, mais especificamente o haxixe, faz parte das festividades sufis, mesmo que tenha sido perseguido ao longo dos anos e proibido.

Percepção atual da cannabis e religião

Apesar das religiões citadas ainda abraçarem o uso da cannabis, muitas outras crenças condenam seu uso, mesmo que ela já tenha feito parte de sua história também. O judaísmo, por exemplo, não é aberto ao uso recreativo da planta, mas descobriu-se que, na antiguidade, a utilizavam durante rituais religiosos – estudiosos encontraram maconha em um templo de 2,7 mil anos de idade no sítio arqueológico de Tel Arad, no centro de Israel.

O cristianismo também repudia o uso da erva e, inclusive, foi uma das grandes motivadoras para a guerra às drogas e o início do proibicionismo. Ainda assim, há indícios de que a cannabis foi mencionada na Bíblia e que Jesus e seus discípulos chegaram a utilizá-la.

Isso não significa que todos os praticantes dessas religiões são contra o uso recreativo da planta e nem que as crenças em si repudiem o uso medicinal – pelo contrário, muitas delas apoiam esse consumo.

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Alexandre Cruz
Alexandre Cruz
2 anos atrás

Qual o arquétipo da cannabis?

1
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Marcela Romagnoli
Admin
Marcela Romagnoli
1 ano atrás
Reply to  Alexandre Cruz

Oi, Alexandre! O arquétipo da cannabis é frequentemente associado à cura, espiritualidade, criatividade e expansão da consciência. Historicamente, ela tem sido utilizada em práticas medicinais, rituais religiosos e contextos culturais diversos ao redor do mundo. A cannabis também pode evocar conceitos de liberdade, rebelião e contracultura, devido ao seu estigma social e legal em muitas sociedades.

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Gabriel
Gabriel
1 ano atrás

Shalom! No judaísmo a cannabis medicinal é kosher e a cannabis recreativa não é pecado por si só. Pecado é o que pode vir associado a ela, como lidar com tráfico, se viciar, usar em excesso, etc; mas o consumo em si não é ilícito (assim como o álcool). Se um judeu consegue sua maconha legalmente e não deixa de forma alguma com que ela se torne um elemento de vício, idolatria e autoflagelação nos sentidos espiritual e físico, então ele não está indo contra as leis judaicas. Basicamente, um judeu pode ser maconheiro, contanto que não esteja fazendo mal a si e a outros e principalmente que não seja apegado a figura da planta em si como algo a ser cultuado e sim como o que é: uma planta criada por HaShem. É um pensamento similar ao álcool, mas que segue uma linha mais parecida que vícios leves como café e chocolate amargo.

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Bianca Lemes
Admin
Bianca Lemes
1 ano atrás
Reply to  Gabriel

Olá, Gabriel! Muito interessante essa informação, obrigada por compartilhar com a gente!!! 🙂

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Joyce
Joyce
1 ano atrás
Reply to  Gabriel

Nossa, muito interessante. Obrigada Ganriel pelas informações dahoraaa.

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