Maconha e mofo: como saber se sua maconha não pode ser consumida

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O mofo é um dos problemas que podem afetar a maconha, mas muitos usuários fazem vista grossa e a consomem mesmo assim; veja porque isso não pode ser feito

Quando chega aquele momento do dia que você quer dar uma relaxada, abre o saquinho da sua maconha, sente um cheiro estranho, como se fosse amônia, e ainda vê uns pozinhos brancos em cima da planta, o que você faz? Se a sua resposta for “fumo mesmo assim”, bom, é importante você saber que está fumando mofo e que, obviamente, você não deveria fazer isso. As consequências para a sua saúde podem ser sérias! Entenda porque maconha e mofo definitivamente não combinam.

maconha mofada

O que é o mofo e quais tipos existem na maconha

No dia a dia, estamos sujeitos a muitos tipos de microrganismos que ficam no ar e em outras superfícies, mas a maioria é normal e não faz mal nenhum. O mofo, por outro lado, é um conjunto de microrganismos, sendo, nesse caso, fungos filamentosos que vivem em lugares escuros e úmidos e que podem fazer muito mal caso ingeridos ou inalados. Vale dizer que alguns tipos de fungos são utilizados em alimentos, como queijo brie, gorgonzola, camembert e outros, mas que são totalmente seguros de consumir.

Especificamente na maconha, existem alguns tipos de fungos que encontram na planta um ambiente para se proliferar. São eles:

Botrytis Cinerea

Também chamado de “podridão cinzenta”, é bem comum em vegetais e frutas, e se propaga principalmente em ambientes muito úmidos e com altos índices de chuva. No caso da cannabis, ele pode ser identificado caso as folhas externas das flores estiverem mortas, mas não necessariamente é preciso jogar a planta inteira fora na presença desses microrganismos. Você pode cortar uma parte fora e consumir o resto, já que ele se espalha com tanta facilidade, mas é importante verificar se tudo está limpinho para uso.

Uma curiosidade: esse fungo é usado para produzir alguns tipos de vinhos, já que há alguns séculos se descobriu que, na presença de uvas “botritizadas”, a bebida fica com sabor e aroma equilibrados.

Oídio

Esse é um conjunto de fungos unicelulares que causa a doença “oídio” e outras. Ele contamina diversas leguminosas, formando uma camada esbranquiçada ou cinzenta na parte área das plantas e suas folhas, assim como na cannabis. Muitas pessoas confundem essas características com os tricomas da planta, por isso, é importante analisar com cuidado e ter atenção redobrada, afinal, esse fungo não é como o botrytis: se identificado, a planta não deve ser consumida de nenhuma maneira, já que ele se espalha com facilidade pelos esporos.

Como e porque evitar o mofo na maconha

É muito importante evitar o mofo na cannabis, porque, assim como eles se atraíram pela planta, muito provavelmente se atrairão também e se proliferarão no seu pulmão um ambiente rico em matéria orgânica e que, se infectado, pode sofrer complicações sérias.  Existem algumas doenças que podem ser causadas pelo consumo de mofo:

  • Inflamação no pulmão, com sintomas semelhantes à tuberculose;
  • Aspergilose (infecção que afeta o trato respiratório inferior);
  • Pneumonia.
maconha e mofo

Mas como se precaver desses fungos? Bom, isso depende se você é cultivador ou consumidor. No cultivo, por exemplo, é mais recomendado que seja feito indoor, para controle maior dos microrganismos, bem como outras técnicas como o manejo de temperaturas constantes, a desumidificação do ambiente, poder as plantas para aumentar o fluxo de ar entre elas, regar e adubar a cannabis de acordo com sua necessidade – nunca a mais e nem a menos. Após a colheita, no momento de secagem e cura, é essencial que a planta esteja em um ambiente bem arejado, sem muito calor e umidade, e esteja totalmente seca antes de ser guardada.

Já como usuário, em que a planta já chega colhida e maturada para você, existem algumas maneiras de guardar sua cannabis que podem prevenir o surgimento desses mofos. Veja a seguir.

Como guardar sua maconha

Para evitar o mofo, existem algumas formas adequadas de armazenar as suas plantas. Os sacos de “ziplock” (plásticos) são os mais comuns de guardar maconha, mas eles não são os melhores, porque podem ser facilmente perfurados e nem sempre fecham bem, o que torna a planta mais suscetível aos microrganismos do ambiente externo.

Por isso, as melhores opções são potes de vidro (desde que sejam opacos e guardados em lugares escuros, já que a luz degrada os tricomas das plantas), embalagens a vácuo (diminuindo a quantidade de oxigênio e, assim, a degradação da planta e a possibilidade de desenvolvimento de microrganismos indesejados) e aço inoxidável.

Mas lembre-se: o mais importante é não armazenar as plantas molhadas ou até mesmo úmidas. Elas precisam estar muito sequinhas antes de ser guardadas nesses recipientes para que o mofo não se desenvolva!

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