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Psilocibina: o que é e para que servem os cogumelos mágicos?

Foto de Redação Kaya

Redação Kaya

Tempo de leitura: 4 min

Publicado em

  • outubro 14, 2022
Ainda que sejam conhecidos por seus efeitos psicodélicos e por serem usados de forma recreativa, os cogumelos alucinógenos vêm sendo estudados por seus inúmeros benefícios medicinais

As substâncias psicodélicas são estudadas há anos, sendo as décadas de 1950, 1960 e 1970 especialmente promissoras nessas pesquisas. A guerra às drogas cunhada por Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos, no entanto, interrompeu o desenvolvimento desses estudos, mas, nos anos 2000, eles voltaram com força. A psilocibina, por exemplo, foi uma das mais exploradas nesse período e, hoje, tem estado em destaque na comunidade médica e se tornou um assunto recorrente em diversos âmbitos (existem séries, livros, filmes, exposições artísticas e outras obras voltadas ao tema) por conta de seus inúmeros benefícios medicinais.

O que é a psilocibina?

A psilocibina foi extraída pela primeira vez pelo químico suíço Albert Hofmann, que também descobriu o LSD. Ela é um composto psicodélico encontrado em algumas espécies de cogumelos, que são chamados de “cogumelos mágicos”, sendo o Psilocybe cubensis o mais conhecido, que é normalmente encontrado em pastos úmidos por conta da presença de esterco de alguns animais. Ainda assim, existem outras cepas que contêm a substância.  

Os cogumelos mágicos podem ser usados de forma recreativa, tanto que foram considerados a droga mais segura do mundo de acordo com o  de 2017. No entanto, a psilocibina vem sendo amplamente pesquisada por conta de suas propriedades terapêuticas, já que, quando em contato com o organismo humano, se transforma em psilocina, que proporciona uma efeitos psicodélicos e outros que podem atenuar sintomas de condições médicas, como depressão, ansiedade e dependência química.

Quais são os efeitos da psilocibina?

Psilobicina

De forma recreativa, os cogumelos podem gerar aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, dilatação das pupilas, aumento da sensibilidade perceptiva (cores mais intensas, por exemplo), mistura de sensações (sons passam a ter cor), euforia, bem-estar, autoconfiança, desejo sexual, bem como experiências negativas como dor de estômago, diarreias, náuseas, desorientação, descoordenação motora, paranoia, pânico e mais.

Apesar da psilocibina já gerar algumas propriedades terapêuticas recreativamente, elas são mais percebidas quando a substância é consumida medicinalmente, isto é, com dosagens adequadas e acompanhamento médico. Ela pode ajudar a modular funções importantes do corpo, como sono, desejo sexual, estados psicológicos e mais, já que atua como a serotonina no corpo. Além disso, aumenta a conectividade geral entre áreas do cérebro que não se comunicam bem e gera neuroplasticidade – quando surgem novas ramificações neurais e aumentam as sinapses –, possibilitando um pensamento mais positivo e otimista.

Por isso, estudos científicos já apontam muitos benefícios dessa substância para pessoas que produzem menos serotonina, como aquelas que sofrem com depressão, ansiedade, anorexia, transtorno-obsessivo compulsivo (TOC), dependência química, traumas e mais. Há, ainda, possíveis evidências a respeito dos benefícios da microdosagem de psilocibina, que nada mais é do que a prática de consumir entre 0,1 a 0,3 gramas de cogumelos várias vezes por semana para manter a saúde do cérebro.

A psilocibina é permitida no Brasil?

Em 2022, a Anvisa concedeu uma autorização a um laboratório público no Brasil a realizar pesquisas a respeito da psilocibina para que, então, sejam desenvolvidos medicamentos à base da substância no país. Dessa forma, serão realizados testes clínicos liderados pela Biocase Brasil (ouça o episódio do nosso podcast com o cofundador da Biocase, Dr César Camara, em que a psilocibina foi tema principal aqui) e, caso aprovados e permitidos pela Anvisa, poderão estar disponíveis para uso em pacientes com condições médicas graves que podem ser tratadas com a psilocibina.

Apesar do avanço, a psilocibina ainda consta na lista de substâncias psicotrópicas da Anvisa, sendo necessário uma autorização especial para pesquisar e manipular os medicamentos derivados. Outras terapias com substâncias psicodélicas, como a ketamina e a ibogaína (derivada de uma planta africana), no entanto, já são permitidas no país – não há regulamentação específica para tais casos, o que possibilita a existência de clínicas que realizam esses tratamentos.

Ainda que a psilocibina, quando isolada, seja ilegal no Brasil, os cogumelos mágicos in natura não são proibidos, já que não estão listados explicitamente em nenhuma lei. Além disso, como os fungos crescem livremente e com facilidade por pastos de fazendas e outros ambientes, é impossível controlar seu plantio. Por isso, os cogumelos são comercializados abertamente em sites especializados brasileiros, mesmo que sua venda deva ser feita para fins de pesquisa e como amostra. Vale ressaltar que qualquer experiência alucinógena pode ter efeitos negativos, e, portanto, é muito importante entender mais a fundo sobre a micologia (biologia que estuda fungos)  antes do consumo. É essencial dizer, também, que o uso recreativo de substâncias psicodélicas não significa que você obterá resultados medicinais, o que mostra que, para esse fim, é necessário consultar profissionais de saúde e um especialista no assunto.

O cenário da psilocibina é semelhante ao dos componentes da cannabis, ainda que esteja menos disseminado e avançado ao redor do mundo. Ambas são substâncias provenientes da natureza que oferecem efeitos psicotrópicos, mas, ao mesmo tempo, têm uma série vantagens medicinais e terapêuticas que vêm sendo reconhecidas pela comunidade científica. Se regulamentadas amplamente, milhões de pessoas poderiam ser beneficiadas e a movimentação econômica seria imensa.

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