Primeiro animal a ser tratado com cannabis
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O uso veterinário da cannabis tem se tornado uma pauta importante no meio canábico e na indústria pet, mas, na verdade, os animais de estimação já são tratados à base da planta há centenas de anos; conheça o histórico
Apesar do mercado de cannabis ter começado a se voltar para o uso veterinário recentemente, os animais já tinham sido tratados com produtos à base da planta centenas de anos antes. A cannabis é explorada por suas propriedades terapêuticas há pelo menos 12 mil anos, data dos primeiros registros de seu uso. É natural, portanto, que a medicina veterinária, que surgiu por volta de 4000 a.C., também enxergasse a planta com potencial medicinal para os animais. Mas você sabe qual foi o primeiro animal a ser tratado com cannabis?
Hoje, esse potencial se torna cada vez mais evidente por conta de novos estudos científicos que vêm surgindo e de casos reais em que animais de estimação receberam tratamento à base da planta e tiveram uma melhora significativa em seus quadros. A indústria pet também tem estado de olho nesse novo mercado, pois, cada vez mais, os tutores investem no conforto e saúde de seus animais, o que oferece uma oportunidade ainda maior para o seu crescimento. No Brasil, essa indústria é considerada a terceira maior do mundo, tanto em termos de mercado, representando uma parcela do PIB nacional maior do que os setores de utilidades domésticas, quanto de população total de animais de estimação.
Primeiro animal a ser tratado com cannabis medicinal
Apesar de existirem registros de que o primeiro uso da cannabis para fins veterinários tenha ocorrido na Índia, no século XII, para tratar questões médicas dos gados e vacas, se considera que o primeiro animal a usar cannabis para fins medicinais no mundo tenha sido o cavalo, mas anos mais tarde.
Em 1607, Edward Topsell, célebre autor especializado em animais, afirmou que uma mistura de sementes de cânhamo com ração poderia ajudar os cavalos a ganharem peso. Mais adiante, em 1800, veterinários dos Estados Unidos também já prescreviam medicamentos à base de cannabis para tratar cólicas equinas.
Já os cães foram estudados logo em seguida, em 1843, quando o médico irlandês William O’Shaughnessy concluiu, em um estudo, que o cânhamo, em pequenas doses, tem potencial significativo de estimular órgãos digestivos, excitar o sistema cerebral e atuar no sistema reprodutor desses animais.
Como os pets podem ser tratados com cannabis
Assim como os seres humanos, os animais também têm sistema endocanabinoide, o que possibilita um tratamento à base de cannabis para as condições médicas que os acometem. São diversas doenças como osteoartrite, dores crônicas, câncer, epilepsia, além de comportamentos que podem ser corrigidos por serem causados, majoritariamente, por ansiedade e estresse.
No Brasil, esse tratamento ainda não pode ser colocado em prática por não ser regulamentado, mas há brechas legais que fazem com que esse uso seja realizado e até prescrito por veterinários, pois a demanda por medicamentos à base de cannabis voltados para pets é cada vez maior.
A regulamentação é extremamente importante, pois poderia beneficiar milhares de animais e seus tutores no país, bem como movimentaria milhões de reais. Além disso, tornar o tratamento legal seria essencial para reduzir possíveis danos causados pelos produtos não-regulamentados utilizados pelos animais, já que muitos têm substâncias tóxicas e prejudiciais à saúde deles. Para entender mais sobre o potencial do mercado de cannabis para pets, acesse o nosso relatório gratuito “Cannabis no mercado pet”.
Lara Santos
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