A maconha é a substância mais utilizada no Brasil e no mundo, tanto de forma recreativa quanto medicinal. Mas o que muita gente ainda tem dúvida é: quanto tempo a maconha fica no sangue? Ela aparece no exame toxicológico? E se eu tiver uma entrevista de emprego ou um exame admissional, posso ser prejudicado?
Neste post, vamos responder essas e outras perguntas comuns sobre o uso da cannabis e sua detecção em exames de sangue, urina e cabelo. Vamos lá?

Quanto tempo a maconha fica no sangue
A principal substância psicoativa da maconha é o tetrahidrocanabinol (THC), que é absorvido rapidamente pelo organismo e pode ser detectado por um tempo variável, dependendo da via de exame toxicológico e do padrão de consumo da maconha.
No sangue, o THC costuma ser detectável por:
- Usuários ocasionais: até 2 a 3 dias
- Usuários frequentes: até 7 dias
- Usuários crônicos (diários): até 15 dias ou mais
Porém, é importante lembrar que o sangue é uma das vias menos comuns para testes toxicológicos em contextos trabalhistas. Ele é mais usado em contextos clínicos ou de acidentes de trânsito.
Exame toxicológico admissional: quando fazer?
Se você tem um exame toxicológico admissional agendado, é bom saber que o tipo de teste utilizado pode variar. O mais comum em admissões de empresas (sobretudo para motoristas ou trabalhadores de risco) é o teste em cabelo ou o teste em urina.
- Urina: o THC pode ser detectado por até 30 dias em usuários frequentes
- Cabelo: o histórico pode ser de 90 dias ou mais, dependendo do crescimento dos fios e do comprimento analisado
Por isso, se você fez uso recente, o mais seguro é aguardar o máximo de tempo possível antes do exame. Em alguns casos, parar de fumar 30 a 60 dias antes pode evitar que o THC seja detectado, mas isso depende do metabolismo e do tipo de exame.
Todos os canabinoides aparecem nos exames?
Nem todos os canabinoides presentes na planta da maconha aparecem nos exames toxicológicos comuns. Os testes são feitos para detectar metabólitos do THC, e não necessariamente outras substâncias como o canabidiol (CBD) ou o CBN.
- THC: aparece na maioria dos exames
- CBD: geralmente não aparece, pois não é psicoativo nem proscrito
- CBN: pode aparecer, mas não é alvo principal
Portanto, se você faz uso de produtos com CBD isolado ou com concentração muito baixa de THC (abaixo de 0,2%), as chances de detecção são baixas. Ainda assim, há casos em que o uso frequente de óleos com THC pode resultar em testes positivos.
Maconha afina o sangue?
Essa é uma dúvida comum, mas a resposta é não há evidências científicas consistentes de que a maconha afine o sangue da mesma forma que anticoagulantes como aspirina ou heparina. Alguns estudos sugerem que o THC pode ter efeitos leves sobre a coagulação, mas não há consenso nem orientação médica clara sobre isso.
Porém, se você usa anticoagulantes ou vai fazer algum procedimento cirúrgico, é importante informar seu médico sobre o uso de cannabis para evitar interações indesejadas.
Dica para quem é paciente de cannabis medicinal
Se você é paciente de cannabis medicinal e tem uma prescrição médica válida, leve essa documentação com você no momento do exame. Isso pode evitar interpretações erradas em exames toxicológicos, especialmente em processos seletivos, laudos ou abordagens policiais.
A presença de THC no sangue ou em outros exames toxicológicos depende do tipo de consumo da maconha, da via de detecção e do tempo desde o último uso. Compreender essas diferenças é fundamental para evitar problemas legais ou profissionais.
Se você é paciente medicinal, mantenha sua prescrição em dia e conte com plataformas como a Kaya Doc, que oferece informações completas sobre produtos e orientação para prescritores.


